Saudades que tinha de fazer uma escapadinha de fim-de-semana.
Claro que tenho feito imensas coisas giras por Lisboa, estando a dever uns quantos posts sobre isso, mas sabe sempre muito bem ir apanhar outros ares.
Comecemos.
A desculpa era ir a Espinho à Convenção da Manz, edição 2014.
A verdade é que não me inscrevi e não fazia a mínima intenção de ir praticar qualquer desporto que não o de “turistar” por aquelas bandas. Do que tive oportunidade de ver, e atendendo ao facto de ter ido em 2012 a Aveiro, desde já digo que esta edição deixou muito a desejar e sinceramente se voltarem a repetir em Espinho para o ano, também não faço intenções de ir.
Salvou-se o facto de ter comprado um top giro giro para ir ao gim passear o body, e conhecer mais uma marca de vestuário de desporto bem gira: patua. Ah e claro o facto de ter ido fazer a manicure enquanto esperava e ter oportunidade de pintar com uma cor brutal… mas deixo isto para depois ;)
Ora Espinho, não tem muito para ver e limitamo-nos a passear pela rua principal, ver o Casino de Espinho por fora, ver o mar revolto e retomar rumo ao Porto, onde tínhamos chegado sexta-feira à noite.
Não posso aconselhar alojamento porque fiquei em casa do meu cunhado mais velho e da namorada e é sempre muito mais acolhedor quando estamos com os “nossos”. Desde já, mais um muito obrigada pela hospitalidade e prometo publicar a receita partilhada no domingo à tarde (não digo o que para guardar surpresa).
Na verdade, aqui a menina tinha ficado com os cabelos em pé quando na sexta-feira à noite, percorrendo a rua que vai do Coliseu do Porto até ao nosso poiso de fim-de-semana (na zona do Mercado do Bolhão, Rua Sá da Bandeira e Santa Catarina) tive oportunidade de perceber o potencial do Porto numa coisa que me é muito mas mesmo muito querida: MERKAS, ou seja, compras, compras, compras. Fiquei maluca, era sapatarias umas atrás das outras e os preços super apelativos. Montras de roupa, cujas marcas desconheço em absoluto, mas que de giro e original dão muitos a zero a algumas marcas que andam por aqui,
Dito isto, sábado quando cheguei ao Porto não descansei enquanto não me pus a caminho das benditas lojas.
Sozinha? Pois, o que eu queria era bater a perninha. Mas a desilusão veio de surpresa. Perante a imensidão de sapatarias em que entrei, não estava à espera da desilusão: calçado com o n.º 36 era mentira. Nada, nadita, niente. A dor instalou-se. Encontrei coisas assim de morrer, lindas que dói e no fim a resposta era sempre a mesma: “só 37, mas experimente menina”. Nada. Não queria acreditar, como é possível?
Ou seja, sapatos que era bom nada, nem uns para a amostra. Mas como nem só de sapatos vive a blogueira, lá entrei eu numa daquelas lojas que não lembra ao diabo apenas para confirmar a minha sina de que também ali não teria sorte com os sapatos e acabei por sair de lá muito bem servida. Sem sapatos, é certo mas com uma gola linda de morrer, umas meias luvas (não sei como é que tecnicamente se chamam mas vou investigar), um relógio da Casio preto e um vestido com um padrão em relevo de veludo, preto.
Ah pois. Pechincha atrás de pechincha, não havia como escapar, é fatal como o destino.
As minhas compras estavam fechadas, não sem antes rogar pragas infindáveis a todas as pessoas que passavam por mim com sapatos idênticos aos que eu queria ter comprado. Lamento, é mesmo assim.
O sábado acabou com uma agradável jantarada e repasto preparado pelo meu cunhado, que senhor de dotes que não lhe conhecia, nos preparou um belo empadão de legumes. Hummm que bem que nos soube.
Confesso que a ideia era sair e conhecer a noite do Porto, mas a falta de horas de sono do dia anterior transformou um “Tá bem, nós esperamos por ti para ir” em sono profundo e directo até às 8 da manhã de domingo. Que bem nos soube e para fazer o que fizemos domingo foi mesmo o melhor.
Domingo, bem cedo e com um dia muito tímido (nota dominante do Porto é mesmo a melancolia), fomos tomar um belo de um pequeno almoço ali perto e eis senão quando dou de caras com uma sapataria pura e simplesmente perfeita e que aproveito para divulgar, pois tem página no facebook e vende para o país todo – O teu salto Alto. O fascínio veio pela montra e confirmado pelo facebook e ainda mais pela simpatia do dono da loja. Já encomendei uma coisinha e depois claro que partilho. Só posso dizer que os preços são estrondosos e tem sapatos e malas do mais original e giros que há. Os meus parabéns Depois desta descoberta lá fomos nós por aquela cidade abaixo.
Trindade, Avenida dos Aliados, Rua das Flores, Cais da Ribeira. Foi sempre a dar clicks a admirar a arquitectura, a constatar que estávamos completamente rendidos ao Porto e sobretudo ao excelente dia que estávamos a ter: frio q.b. nada de chuva e uma luz perfeita para fotografias. Tenho de enaltecer a limpeza desta cidade e a originalidade em disfarçar cabines telefónicas e caixas da electricidade que vemos por aí em forma de verdadeiros mamarrachos.
Chegados ao Cais da Ribeira, cheio de vida como me lembro de todas as vezes que fui ao Porto, apanhamos a saída de uma mini excursão pelo Rio Douro para conhecer as 6 pontes que ligam as margens deste rio e o que existe em cada uma das margens digno de nota.
A viagem foi super agradável e proporcionou mais uns quantos cliks. O custo era de 10 € por pessoa e nós éramos os únicos tugas na embarcação, além da tripulação, claro está. Mas fiquei agradada com esta viagem ao ponto de não querer sair do barco no final… apesar de odiar andar de barco.
Percebo cada vez mais o quanto somos maus para nós próprios quando achamos que fazer turismo só vale a pena se for fora daqui. Mas garanto-vos que temos as melhores ofertas de turismo.
Comecem a ser turistas na Vossa cidade e alarguem para cidades que Vos agradem. Finda a viagem, uma bela de uma castanha assada à beira rio, deitando o olho para os “recordos” do Porto e a “dor psicológica” da certeza popular de que tudo o que desce também sobe. Não parecia mesmo nada apelativo ter de o fazer. Contudo, as coisas estão bem estruturadas e subimos até à batalha numa espécie de elevador (a lembrar em tudo a Narazé) e foi meio caminho andado. Da Batalha fomos deambulando pelas ruas do Porto, quase desertas por estar o comércio quase todo fechado, conversando, tagarelando, sorrindo, deixando a imaginação voar para onde quer que as músicas tocadas por artistas de rua nos levavam.
Montras e mais montras de iguarias de chocolate, que francamente me surpreenderam, e que na Rua das Flores nos levaram a entrar e a comprar uma daquelas delícias.
Ficou muito por ver e fazer, começando por Serralves que inevitavelmente vai ficando sempre por visitar. ,as a paz de espírito que este fim-de-semana me trouxe, deixa-me com vontade de voltar, voltar mais vezes, com mais tempo. O Porto mostrou-me bem o motivo pelo qual é neste momento um destino na moda!!
Sobre este fim-de-semana ainda vão haver mais dois posts prometo!!